O HERÓI DE UMA GERAÇÃO E A APOSTASIA DOS TEMPOS HODIERNOS

Por Marco Sousa 


Este texto é uma ficção e apesar de utilizar dados publicados pela Revista News Wek sobre a identidade religiosa de um dos personagens da DC Comics, o único intuito deste artigo é a educação religiosa dos membros do nosso grupo de estudos bíblicos. O texto também explora a liberdade de pensamento filosófico crida e defendida pelo cristianismo clássico e também leva três das muitas vertentes do cristianismo protestante a repensarem o seu papel na sociedade.

Antigamente todo bom herói tornava-se obrigatoriamente o símbolo da justiça, da moral e dos bons costumes. O bom herói geralmente tinha uma cidade de origem bem parecida com alguma cidade real, era membro de uma família (filho natural ou adotivo) e possuia uma vida dupla, que oscilava entre o cotidiano de um cidadão comum (nas horas calmas) e a vida de um justiceiro, nos momentos em que as circunstancias exigiam. Os tempos estão mudados e os heróis também mudaram muito. Agora já não sabemos mais se a vida imita a arte ou se a arte imita a vida.

Alguém contou-me que o Superman (também conhecido como super-homem) se desviou do caminho que aprendeu em sua antiga igreja protestante - confesso que fiquei chocado - mas muitos nem sabiam que o herói era crente.

Superman é claramente o personagem mais influente na história em quadrinhos de super-heróis. O personagem foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, ambos judeus. O personagem de Superman, porém, sempre foi descrito como tendo sido criado em uma educação sólida protestante por seus pais adotivos do centro-Oeste dos EUA - Jonathan e Martha Kent. Clark Kent foi criado como metodista. Enquanto crescia em Smallville, Kansas, Clark participava dos cultos de domingo na igreja metodista local com sua mãe, Martha Kent até a idade de quatorze anos. Estes aspectos do personagem não são especulativos, mas são registros seguros - publicado pela DC Comics. Action Comics # 850 (Agosto 2007), o Metodismo é a denominação a qual Clark Kent e sua mãe sempre participaram.

Este ano (2021) Superman "se desviou" do caminho pregado por John Wesley (o fundador da igreja metodista) que usou a Bíblia Sagrada como estatuto da referida denominação cristã. Quem já foi metodista pode até sair da igreja, mas continua seguindo os métodos de John Wesley (1703-1791), que foi um pioneiro da causa abolicionista (os grandes homens de seu tempo eram todos escravocratas). John Wesley pregava a balança justa, a liberdade dos homens, a  justiça social, a defesa dos mais fracos e vulneráveis e outros elementos que durante as ultimas décadas nortearam também o caráter do homem de aço.

Sobre a mudança de comportamento do maior herói da nossa infância, vários teólogos da igreja contemporânea emitiram a sua opinião. Alguns teólogos calvinistas disseram que o Superman não teve escolha, afinal foi o desenhista quem decretou o novo estilo de vida do homem de aço (contra sua própria vontade) para louvor da sua glória (a glória do desenhista ao ser aplaudido por quem aprecia o novo estilo do herói). Os teólogos supracitados insistem em afirmar que apesar do homem de aço ser apenas uma marionete nas mãos do desenhista, o herói é culpado por ter transgredido as regras da igreja e da Bíblia Sagrada. Outro grupo de teólogos, da vertente armínio-wesleyana, discorda veementemente dos teólogos anteriores e afirma que Deus desenhou e esculpiu (com suas próprias mãos) o homem à sua imagem e semelhança e fez daquele desenho finalizado um ser... humano, vivente, andante e responsável por seus atos. Afirmam ainda que Deus deu a cada homem um lápis chamado livre-arbítrio e que todo homem sabe desenhar, pois Deus inseriu no ser humano esta capacidade, mas ELE vai cobrar dos homens o que cada um desenhou com o lápis recebido, no dia do juízo final. O terceiro e último grupo de teólogos (da ala pentecostal-anabatista-tradicional-pós-reforma) concorda com o segundo grupo e ainda afirma categoricamente que foi satanás quem pegou o lápis em algum momento em que Clark Kant não vigiou, e passou a desenhar um novo estilo de vida, divorciado de Deus e da Bíblia Sagrada, na vida do Superman. Disseram que o Superman precisa de libertação.

Ao mostrar que nesta vida tudo se corrompe (inclusive a história dos heróis que marcaram a nossa infância) certa ala (ousada e mundana) da nossa sociedade moderna está "pregando" (sem saber) para a igreja que Jesus Cristo e seus apóstolos estavam absolutamente corretos em suas profecias, afinal eles pregaram que chegaria um tempo no qual os homens seriam hedonistas, egoístas, falsos e até fingiriam ter piedade do próximo, mas na realidade seria tudo hipocrisia e ostentação (Vide II Timóteo 4:3-4 - Judas 1:7-13). Entre riscos, rabiscos e desenhos ousados, cada homem segue desenhando a sua própria história. O tempo passa, tudo muda, até os heróis mudam, mas a Bíblia Sagrada segue totalmente fiel em suas previsões para os tempos hodiernos.

Que Deus nos abençoe...


NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

1 - A DC Comics, dona do personagem e dos direitos de publicação do Superman vem inovando o personagem nos últimos anos. Em alguns casos modifica drasticamente a personalidade do herói em alguma edição, outras vezes cria universos paralelos no qual o herói ganha traços de vilão e perde completamente o seu caráter original, restando apenas a força bruta de uma besta indomável - (Confira neste link).

2 - A afiliação religiosa do superman - Steven Waldman e Michael Kress, "Belief Watch: Bom Combate", News Week, capa de 19 de Junho de 2006.

3 - Action Comics # 850 - Revista do Superman (Agosto 2007).

4 - A Bíblia Sagrada - ACF - João Ferreira de Almeida - 2011 - Sociedade Bíblica Trinitariana.

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