A ÚLTIMA TROMBETA - CAPÍTULO 4
CAPÍTULOS
CAPÍTULO 4
EQUÍVOCOS RELIGIOSOS
Por Marco Sousa
A religiosidade é o aquário que nos prende e nos separa do oceano da graça de Deus. Você é um salvo livre ou um religioso preso em um aquário?
1 - Os equívocos dos adeptos da teoria pós-tribulacionista.
Por Marco Sousa
A religiosidade é o aquário que nos prende e nos separa do oceano da graça de Deus. Você é um salvo livre ou um religioso preso em um aquário?
4.1
- TRÊS TIPOS DE CRENTES FIÉIS A DEUS E TRÊS TIPOS DE ALCANCE ESCATOLÓGICO
Abaixo
enumeramos três tipos de pregadores fiéis a Cristo (a árvore se conhece pelos frutos) cujo entendimento escatológico
não combina entre si.
Nota
importante: Se você não sabe reconhecer uma "arvore boa" (servo
fiel a Deus) faça uma revisão no evangelho que você vive. Abaixo falaremos
apenas de tipos de crentes fiéis que dão a vida pelo evangelho (não nos
interessa o crente nominal).
► Personagem 1 -
Servo cheio do Espírito Santo, pré-tribulacionista.
► Personagem 2 -
Servo cheio do Espírito Santo, midi-tribulacionista.
► Personagem 3 -
Servo cheio do Espírito Santo, pós-tribulacionista.
Ouça
uma pregação sobre a volta de Cristo fundamentada nas escrituras, por cada uma
destas personagens acima citadas. A conclusão que o ouvinte chegará (após ouvir
as três) é que aprouve a Deus deixar a escatologia cheia de enigmas, para que
cada servo dele a compreendesse de uma maneira diferente, para forçá-los a estudar
a sua palavra, a bíblia sagrada. Não é pecado examinar tudo para depois reter aquilo que for bom!
Nas próximas linhas falaremos dos nossos equívocos e dos equívocos religiosos do próximo, afinal,
fazer autocrítica e apontar ajustes para toda a igreja de Cristo deveria ser
uma prática de todo cristão fiel a Deus. Segue abaixo a ordem na qual estas
questões serão trabalhadas:
1 - Os equívocos dos adeptos da teoria pós-tribulacionista.
2 - Os equívocos dos
adeptos da teoria midi-tribulacionista.
3 - Os equívocos dos
adeptos da teoria pré-tribulacionista.
4.2
- ALGUNS EQUÍVOCOS DOS ADEPTOS DO PÓS-TRIBULACIONISMO
4.2.1
- OS DOIS PESOS E AS DUAS MEDIDAS DE ALGUNS GRUPOS PÓS-TRIBULACIONISTAS
Muitos cristãos pós-tribulacionistas (especialmente
os calvinistas cessacionistas, adeptos da chamada Teologia do Pacto) reverberam contra os pré-tribulacionistas pelo fato desta doutrina ser "nova" na história do cristianismo, tendo
surgido por volta do ano de 1830. Esta
doutrina crida pela maioria dos cristãos protestantes na atualidade teria sido desenvolvida por John Darby e disseminada pela Bíblia de Estudos de Scoofield. A ala calvinista supracitada
tem afirmado que por tratar-se de uma doutrina nova na história da igreja, a qual teria sido "moldada" através dos sonhos de uma senhora evangélica e
pelo fato de que este ensino nunca foi pregado pela igreja primitiva, o mesmo deveria ser
banido da igreja atual. [1] (Confira o link).
Partindo
deste pressuposto, os defensores desta tese deveriam também abandonar os alguns pontos do calvinismo, visto que esta
filosofia conhecida pela abreviatura TULIP é uma inovação teológica na história
do cristianismo e nunca foi pregada ou crida pela igreja primitiva, mas
sempre foi contestada e criticada pela cristandade desde o dia em que foi criada. [2] (Confira o link). Se toda "doutrina nova", que nunca foi endossada pela igreja primitiva, for descartada viveremos felizes sem filosofia determinista e sem pré-tribulacionismo.
O Didaquê, escrito entre os anos 70 e 90 do primeiro século (quando alguns apóstolos ainda estavam vivos) traz um testemunho claro contra o pré-tribulacionismo, mas também traz um testemunho claro contra a soteriologia calvinista. O escrito supracitado desqualifica a filosofia calvinista e o velho jargão do “uma vez salvo, salvo para sempre”, salientando que o cristão pode perder a salvação. O Didaquê segue de forma clara e inequívoca as doutrinas do novo testamento, embora não seja um texto canônico e sim um documento importante da história da igreja primitiva. [3] (Confira o link). O Didaquê denota que a igreja primitiva levava bastante a sério aquilo que a Bíblia Sagrada nos conta em Atos 2:42.
O Didaquê, escrito entre os anos 70 e 90 do primeiro século (quando alguns apóstolos ainda estavam vivos) traz um testemunho claro contra o pré-tribulacionismo, mas também traz um testemunho claro contra a soteriologia calvinista. O escrito supracitado desqualifica a filosofia calvinista e o velho jargão do “uma vez salvo, salvo para sempre”, salientando que o cristão pode perder a salvação. O Didaquê segue de forma clara e inequívoca as doutrinas do novo testamento, embora não seja um texto canônico e sim um documento importante da história da igreja primitiva. [3] (Confira o link). O Didaquê denota que a igreja primitiva levava bastante a sério aquilo que a Bíblia Sagrada nos conta em Atos 2:42.
Seguindo
a linha cronológica da história cristã teremos apenas um (suposto) defensor do
pré-tribulacionismo nos tempos da patrística
(Efraim da Síria) [4] (Confira o link), os demais
defendiam claramente a ideia de que a igreja de Cristo passará pela grande
tribulação. Também existe apenas um (suposto)
defensor do calvinismo na patrística (Agostinho de Hipona). No caso de
Agostinho ele havia defendido abertamente o livre-arbítrio (em sua obra com
este título) seguindo todos os grandes nomes da patrística, todavia em seu
enfrentamento com Pelágio ele acabou indo para o outro extremo para ganhar o
debate. É por isto que muitos teólogos afirmam que Calvino jamais copiou o apóstolo
Paulo, ele teria copiado o bispo de Hipona.
Os
defensores do determinismo evangélico e os defensores do pré-tribulacionismo estão absolutamente confiantes que suas respectivas doutrinas criadas depois da reforma protestante (mas nunca cridas pela igreja primitiva) são a expressão mais pura da verdade cristã.
4.2.2
- HAVIA UM JOHN MACARTHUR NO MEIO DO CAMINHO DOS CALVINISTAS CESSACIONISTAS
PÓS-TRIBULACIONISTAS...
Existem
calvinistas pré-tribulacionistas? Sim. Existem. A questão
do arrebatamento é independente das demais doutrinas pregadas pelas igrejas.
Por exemplo, o renomado pastor calvinista John MacArthur, por exemplo, é
pré-tribulacionista. [5] (Confira o link).
Com
o intuito de ajudar John MacArthur em sua "briga" contra seus
companheiros, enumeramos algumas perguntas que circulam no meio eclesiástico
pré-tribulacionista, as quais deixam os pós-tribulacionistas embaraçados na
hora de responder:
1 - Se a igreja não participou das 69 semanas de Daniel por
quais motivos ela participaria da última?
2 - Se Mateus 24:16 diz respeito à igreja e não a Israel, eu
devo me mudar para a Judéia para fugir para os montes quando o anticristo
atacar Jerusalém?
3 - Mateus 24:20 diz "Orai para que a vossa fuga não
aconteça no sábado" - Que diferença isto faz para um crente brasileiro ou
americano que não guarda o sábado?
4 - Se a igreja estará na terra durante a grande tribulação,
para onde seremos arrebatados, se após a sua vinda visível Jesus ficará na
terra por mil anos?
5 - Se a sétima trombeta do apocalipse é a ultima de I Coríntios 15:52 porque somente ela é
chamada de Trombeta de Deus? As
outras seis não são de Deus? (Há um
artigo definido no texto original ao referir-se à trombeta de Deus - e no
apocalipse cada um dos sete anjos tinha a sua própria trombeta).
6 - Se a sétima trombeta é a ultima (como afirmam os pós-tribulacionistas) por que a tribulação não
termina no capítulo 11 de Apocalipse?
4.3
- ALGUNS EQUÍVOCOS DOS ADEPTOS DO MIDI-TRIBULACIONISMO
O
Mesotribulacionismo (ou midi-tribulacionismo como também é chamado) ensina que
o arrebatamento ocorre na metade da Tribulação. Nesse momento, a sétima
trombeta é tocada (Apocalipse 11:15), a igreja irá se encontrar com Cristo nos
ares e então os julgamentos das taças são derramados sobre a terra (Apocalipse
15-16) em um tempo conhecido como a Grande Tribulação.
Um
dos ensinos fundamentais do mesotribulacionismo (midi-tribulacionismo) é que a
trombeta de 1 Coríntios 15:52 é a mesma trombeta mencionada em Apocalipse
11:15. A trombeta de Apocalipse 11 é a última de uma série de trombetas,
portanto, faz sentido que seria "a última trombeta" de 1 Coríntios
15. Esta lógica falha, no entanto, tendo em conta os objetivos das trombetas. A
trombeta que soa no arrebatamento é "o som da trombeta de Deus" (1
Tessalonicenses 4:16), mas a de Apocalipse 11 é um prenúncio do juízo. Uma
trombeta é uma chamada graciosa aos eleitos de Deus; a outra é um
pronunciamento da perdição dos ímpios. Além disso, a sétima trombeta de
Apocalipse não é a "última" trombeta cronologicamente - Mateus 24:31 fala de uma trombeta que
soa mais tarde, no início do reino de Cristo. Ele vai se assentar no trono de
Davi (Jesus é o herdeiro oficial), a Bíblia nunca mentiu, Deus cumprirá tudo
quanto prometeu.... O que vale é o que o
Todo-Poderoso disse e não aquilo que seus servos fiéis pregam por conta do
alcance escatológico limitado.
4.4
- ALGUNS EQUÍVOCOS DOS ADEPTOS DO PRÉ-TRIBULACIONISMO
4.4.1
- TRIBULAÇÃO PARA ISRAEL E DESCANSO PARA A IGREJA?
Ignorar
que Deus permitiu que seus servos fiéis passassem por grandes tribulações ao
longo da história de Israel e da igreja gentílica, mas os livrou dentro delas constitui
um dos erros primários dos pré-tribulacionistas.
1 - Noé e sua família foram erguidos e protegidos na arca pelas
mesmas águas que destruíram o mundo antigo.
2 - Ló saiu de Sodoma
vendo a terra arder em fogo.
3 - Israel viu dez pragas destruindo o Egito, mas Deus os retirou
somente depois que cessaram as pragas.
4 - Daniel foi protegido por Deus dentro da cova dos leões. Deus
não quis livrá-lo antes dele ir para lá...
5 - Ananias, Misael e Azarias foram libertos e protegidos da
fornalha depois de entrarem nela.
6 - Estevão morreu
apedrejado e viu a glória de Deus.
7 - Muitos servos da igreja primitiva morreram nas arenas e um
dia irão povoar a Nova Jerusalém...
Isto
é mais do que suficiente para demonstrar que a Igreja em termos de tribulação
nunca foi tratada por Deus de forma diferente de Israel. Ambos choraram,
sofreram e morreram pelo nome do Senhor, mas ambos serão glorificados quando se
cumprir o segredo de Deus que ELE anunciou aos seus servos, os profetas. Talvez
a diferença principal entre estes dois povos do Senhor é que a igreja foi predestinada
ao céu (em primeiro lugar) e Israel foi predestinado à terra prometida e será a
capital dos reinos da terra, o reino celestial e os reinos da terra (haverá
muitos) serão tomados por Deus e ELE constituirá muitos de seus servos como
reis e sacerdotes. (Apocalipse 11:15 - Apocalipse 1:6).
4.4.2
- PERGUNTAS QUE CARECEM DE RESPOSTAS...
Alguns
pré-tribulacionistas pregam que a igreja será arrebatada e que o Espírito Santo
será retirado da terra, outros pré-tribulacionistas dizem que esta afirmação (que
o Espírito Santo será retirado) é um equivoco. Cientes disto apresentamos abaixo
algumas perguntas que deixam os pré-tribulacionistas embaraçados para responder:
1 - Se a igreja fiel de Deus partirá para o céu antes da
grande tribulação e com ela subirá o Espírito Santo (que convence o homem do
pecado, da justiça e do juízo) restando apenas Israel e os gentios sem Deus,
contra quem o anticristo se levantará para se cumprir o texto bíblico que diz
que ele se levantará "contra tudo o
que se chama Deus e se adora" (II
Tessalonicenses 2:4) já que quem possui estas características de adoração
verdadeira é a igreja fiel que foi embora e não aqueles que ficaram? O
anticristo vai esperar a conversão dos que ficaram para depois persegui-los?
2 - Considerando que o arrebatamento será secreto (como dizem alguns
pré-tribulacionistas) por que a Bíblia Sagrada afirma que a igreja será arrebatada
com alarido (I Tessalonicenses 4:16)?
4.5
- QUAL DEVERIA SER A POSIÇÃO DA CRISTANDADE?
Pré-tribulacionismo,
Midi-Tribulacionismo e Pós-tribulacionismo são termos teológicos criados para
explicar diferentes posições escatológicas. Estes termos foram criados por
homens mortais e as vezes eles dividem a igreja de Cristo, quando são
proclamados por crentes carnais, soberbos e sem vida de comunhão com Deus.
A
Bíblia Sagrada aconselha o crente a amar e esperar pacientemente pela vinda do Senhor Jesus, por isto cremos na sua vinda iminente, todavia a mesma escritura ordena que sejamos cautelosos para não sermos enganados por teorias artificiais de falsos profetas ou por argumentos equivocados de crentes bem intencionados. O
apóstolo Paulo cria na vinda iminente de cristo e chega a incluir-se entre
aqueles que estariam vivos, na ocasião deste retorno. Se certos grupos teológicos virtuais, adeptos da teologia do pacto (principalmente aqueles que gostam de desqualificar os pentecostais leigos) tivessem
vivido no tempo de Paulo, certamente pichariam o seu túmulo e o acusariam de falso profetismo, visto que o apóstolo se colocou (ainda que hipoteticamente) entre aqueles que estariam vivos na volta de Cristo: "Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" - 1 Tessalonicenses 4:17
A oração, o jejum e a análise equilibrada do texto bíblico, deixando de lado os preconceitos e os paradigmas religiosos, criarão o ambiente propício para que o cristão alcance um entendimento melhor sobre o assunto, mas a única certeza que se obterá sobre o tema será aquilo que Cristo disse: "Ninguém sabe o dia e nem a hora em que o Filho do homem virá!".
Glória
ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito Santo!