TEXTO ÁUREO
"Seca-se a erva, e caem as
flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente" (Is 40.8).
VERDADE PRÁTICA
É através da Bíblia que o Todo-Poderoso comunica ao homem sua vontade e seu amor
em Cristo.
MEDITAÇÃO
Hc 3.2
- O temor pela Palavra de Deus
Rm 10.17
- A Palavra de Deus produz fé
Ef 6.17
- A Palavra de Deus é a espada do Espírito
Pv 30.5
- A Palavra de Deus é escudo
Mt 4.4
- A Palavra de Deus é alimento
1 Co 1.18
- A Palavra de Deus é poder
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 119.1-12.
1 - Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do
SENHOR. 2 - Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de
todo o coração. 3 - E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos. 4 -
Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos. 5 -
Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os
teus estatutos. 6 - Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os
teus mandamentos. 7 - Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver
aprendido os teus justos juízos. 8 - Observarei os teus estatutos; não me
desampares totalmente. 9 - Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o
conforme a tua palavra. 10 - De todo o meu coração te busquei; não me deixes
desviar dos teus mandamentos. 11 - Escondi a tua palavra no meu coração, para eu
não pecar contra ti. 12 - Bendito és tu, ó SENHOR! Ensina-me os teus estatutos.
I. A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA
Como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos? Essa é a pergunta
que não se cala entre crentes e descrentes. Em qualquer lugar do mundo é
possível acessar a Bíblia na forma de livro. Ela á foi traduzida para mais de
1.600 idiomas e dialetos. Porém, há mais de 4.000 povos que ainda não podem ler
as Escrituras em sua própria íngua. Eis aí um enorme desafio Dara a igreja do
Senhor Jesus.
1. A transmissão oral.
Nos tempos mais remotos, conforme registros do Antigo Testamento, o Senhor
comunicava-se com o homem verbalmente. Tanto é que lá no Éden, ele fora
advertido pessoalmente pelo Eterno que não comesse do fruto da "árvore da
ciência do bem e do mal" (Gn 2.17). Todavia, ordem divina não foi cumprida,
acarretando o drástico fim da comunhão entre Deus e sua principal criatura.
a) No período antediluviano. Antes do Dilúvio, a Palavra de Deus fora
transmitida oralmente por 1.656 anos, aproximadamente. Esse período envolve os
capítulos 1 a 5 de Gênesis, isto é, de Adão ao dilúvio. Época em que Deus criou
os céus e a terra, o homem e os demais seres vivos; nesse período, deu-se o
crescimento e o desenvolvimento do ser humano, e a corrupção geral do gênero
humano, que culminou com o juízo divino sobre a humanidade.
b) Do dilúvio a Abraão. Esse período compreende 1.427 anos, e envolve os
capítulos 6 a 11 de Gênesis. Nesta época, Deus alertara Noé acerca do dilúvio,
salvando a vida de oito pessoas: o patriarca, sua esposa, os três filhos (Sem,
Cão e Jafé), e suas três noras. Se fizermos uma leitura cuidadosa das Escrituras
verificaremos que Abraão transmitiu a Palavra de Deus oralmente a Isaque, e que
essa mesma tradição perdurou até os dias de Moisés. Este, bem informado sobre os
fatos transmitidos por seus pais, teve plena condição de ser o primeiro escritor
humano da Bíblia Sagrada. "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para
memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14).
c) A Palavra de Deus transmitida por nove homens. Desde o dia em que Deus
falara a Adão (Gn 1.28), até a época em que ordenara a Moisés escrever sua
Mensagem (Êx 17.14), nove homens receberam o encargo da transmissão oral: Adão
(930 anos) falou a Lameque (777 anos); este, a Noé (950 anos); este, a Abraão
(175 anos); este, a Isaque (180 anos); este a Jacó (147 anos); este a Coate (133
anos); este a Anrão (137 anos); e este a Moisés (120 anos). A despeito da
longevidade desses patriarcas, foi o próprio Deus que, milagrosamente, assegurou
a fidelidade da transmissão de sua Palavra.
2. A transmissão escrita da Bíblia. Os chamados
"livros canônicos" da Bíblia foram reunidos ao longo de 1600 anos; e isso se deu
de forma especial e impressionantemente harmônica. Só a predominância da vontade
de Deus sobre a mente humana pode explicar como cerca de 40 escritores puderam
escrever os livros da Bíblia a partir de condições e circunstâncias tão
diversas.
a) Deus, o único autor da Bíblia. A despeito de Deus ser o único autor da
Bíblia e de ter inspirado a todos os demais escritores, Ele mesmo se incumbiu
dos primeiros registros das Escrituras: "E deu a Moisés (quando acabou de falar
com ele no monte Sinai) as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas
pelo dedo de Deus" (Êx 31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). Trata-se, aqui, do
Decálogo, um resumo eloquente e poderoso de toda ética bíblica.
b) Moisés, o primeiro escritor. Deus ordenou a Moisés que escrevesse num
livro as orientações a seu sucessor, Josué: "Então disse o Senhor a Moisés:
Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx
17.14). Moisés tornou-se, desta forma, o primeiro escritor humano das Sagradas
Escrituras. A Bíblia afirma que ele "escreveu todas as palavras do Senhor" (Êx
24.4); e que também, por ordem divina, guardou o livro da Lei "ao lado da arca
do concerto do Senhor" (Dt 31.26).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus, o autor da Bíblia, inspirou os escritores sagrados.
II. A COMPOSIÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA
1. A biblioteca divina. A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um
período de 1600 anos. Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para
escrever, reunir e preservar o Sagrado Livro. Nela encontramos histórias,
poesias, biografias, normas, orações, profecias e outros relevantes temas e
diversos gêneros literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da
Bíblia.
2. O cânon bíblico. A palavra "cânon", antigamente, referia-se a uma haste usada
para medir (Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de
medida (Gl 6.16; Fp 3.16). Aplicada à Bíblia, "cânon" é o conjunto de livros
inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja,
regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo
Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo,
por volta do ano 100 d.C.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de
1600 anos. Deus usou cerca de 40 homens para compô-la.
III. INSPIRAÇÃO E REVELAÇÃO DA BÍBLIA
1. A inspiração da Bíblia. Compreende-se por "inspiração" a influência e
a ação divina exercidas sobre os escritores da Bíblia (2 Tm 3.16; 1 Pe 1.19-21).
Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo,
vocabulário e cultura, sem prescindirem da direção sobrenatural do Espírito
Santo.
2. A inspiração verbal e plenária. Por inspiração verbal entende-se que
os escritores sagrados atuaram sob a direção incondicional do Espírito Santo.
Eles escreveram exatamente o que o Senhor desejava que fosse escrito. Portanto,
a inspiração verbal das Escrituras não é uma mera teoria, mas a natureza própria
da Bíblia (2 Sm 23.2; 1 Co 2.13; Hb 3.7).
A inspiração plenária indica que o conteúdo, o ensino, e a doutrina das
Escrituras, foram completamente inspirados por Deus. Não há na Bíblia qualquer
parte que não seja inspirada e autorizada por Deus: "Toda a Escritura é
divinamente inspirada" (2 Tm 3.16 - ARA).
3. Traduções Bíblicas. As fontes originais dos escritos bíblicos, os
chamados autógrafos ou manuscritos foram inspirados por Deus. Porém, as inúmeras
cópias deles extraídas, bem como as traduções ou versões, muitas vezes
modificadas pelos copistas ou tradutores, nem sempre são consideradas escritos
inspirados. Somente as traduções ou versões comprovadamente fiéis aos originais,
acham-se dignas dessa reputação.
4. A revelação bíblica. Por "revelação", entende-se o agir de Deus pelo
qual Ele dá a conhecer ao escritor sagrado coisas ignoradas, isto é, o que este,
por si só, não poderia saber. Ver Dn 12.8; 1 Pe 1.10,11. A inspiração nem sempre
implica revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi
dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já
conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome (Lc 1.1-14). O mesmo se
deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o
Pentateuco.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio
estilo, vocabulário, cultura e da direção do Espírito Santo.
IV - A COMPLETUDE
DA BÍBLIA
"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da
profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir
sobre ele as pragas que estão escritas neste livro" (Ap 22.18).
É pecado gravíssimo adicionar, subtrair, substituir ou modificar qualquer parte
da Palavra de Deus.
Ap 22.18,19
- Condenação àqueles que alteram a Palavra de Deus
2 Pe 2.1,2
- A nociva missão dos falsos doutores
2 Pe 3.16
- Os indoutos torcem as Escrituras
Jd v.3
- O dever espiritual do cristão
2 Jo v.9
- Perseverança na doutrina de Cristo
Fp 3.18
- Inimigos da cruz de Cristo
É um pecado abominável adicionar, subtrair ou modificar qualquer parte das
Escrituras, pois foi escrita por inspiração e revelação divinas. Por ser
completa e infalível, ela não precisa de quaisquer acréscimos ou revisões em seu
conteúdo e mensagem.
1. A COMPLETUDE DA BÍBLIA
1. A Bíblia é completa em seu conteúdo. O conteúdo bíblico não pode sofrer
quaisquer alterações, pois tudo o que foi escrito teve a supervisão e aprovação
do Espírito Santo (2 Pe 1.20-21; Is 40.8).
2. A Bíblia é completa em sua mensagem. A mensagem das Escrituras é
perfeitamente completa. Ela é fruto da revelação que Deus fez de si mesmo à
humanidade. Vejamos:
a) Completa em sua mensagem salvífica. A Bíblia é completa quanto à mensagem de
salvação para o homem perdido. Ela está centrada no amor incondicional de Deus à
humanidade. Tanto é que Jesus, nosso amado Salvador, é o tema central desse
Santo Livro. Nas Escrituras não há lugar para outros salvadores ou mediadores (Jo
14.6; At 4.12; 1 Tm 2.5).
b) Completa em sua mensagem sobre a história humana. A Bíblia mostra que a
história da humanidade é linear: tem começo e fim. A partir da criação do
primeiro casal, passando pela Queda e Redenção por meio de Cristo, a história do
homem chegará a seu desfecho num tempo em que a Escritura denomina "consumação
dos séculos" (Mt 13.49; 28.20).
Após isso, (Mt 24.14; 1 Co 15.24), Deus continuará executando seus eternos
propósitos para o universo: "novos céus e nova terra" surgirão (Is 65.17; 2 Pe
3.13; Ap 21.1).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A Bíblia é completa em seu conteúdo e mensagem, pois tudo foi escrito
sob a supervisão e aprovação do Espírito Santo.
V. DETURPAÇÃO DA COMPLETUDE DA BÍBLIA
1. Por adição.
No Apocalipse, Jesus advertiu-nos quanto ao perigo de se adicionar qualquer
coisa à Palavra de Deus: "[...] se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus
fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro" (Ap 22.18).
Infelizmente, os chamados "Testemunhas de Jeová" incorreram neste terrível
pecado quando traduziram o texto de Jo 1.1 de forma equivocada. No original está
escrito: "o Verbo era Deus", todavia, eles traduziram "o Verbo era um deus". Ou
seja, acrescentaram o artigo indefinido "um" e traduziram "Deus" com "d"
minúsculo, assim negando a divindade de Cristo.
2. Por subtração.
Diz-nos o Apocalipse: "... e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta
profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão
escritas neste livro" (Ap 22.19). Não são poucos os falsos teólogos que têm
procurado subtrair da Bíblia partes relevantes, com a clara intenção de diminuir
seu caráter divino e sentido de completude. Tais homens, céticos e presunçosos,
costumam afirmar que nem tudo o que está na Bíblia foi inspirado e revelado por
Deus. Apregoam, inclusive, que não se deve crer na concepção virginal de Cristo,
em seus milagres e em sua ressurreição.
3. Por modificação.
Com a "inocente" intenção de contextualizar e adaptar a mensagem das Escrituras
aos tempos pós-modernos, certas versões da Bíblia têm modificado palavras e até
frases inteiras, a fim de alterar ou, pelo menos, atenuar o sentido da Palavra
de Deus. Palavras como "sodomitas" e "efeminados" são retiradas e substituídas
por outras mais indiretas ou amenas. Os “Testemunhas de Jeová”, por exemplo,
modificaram o texto de Gn 1.2. Em vez de traduzirem a expressão original desse
texto por "Espírito de Deus", verteram-na por "força ativa de Deus".
4. Por substituição.
Muitas religiões e seitas dizem crer na Bíblia, mas não a consideram como
"verdade absoluta de Deus para o homem". No catolicismo, por exemplo, as
tradições e os dogmas têm a mesma autoridade das Escrituras; conforme declaração
do Concílio de Trento (1.545). Na prática, a Bíblia foi preterida pela tradição
humana (Mc 7.13).
SINOPSE DO TÓPICO (V)
As deturpações mais comuns à Bíblia são por: adição, subtração,
modificação e substituição.
VI. AGRESSÕES À ORTODOXIA BÍBLICA
1. Livros ditos revelados.
Muitos autores de obras teológicas têm mais objetivos comerciais que
espirituais. Alguns, inclusive, alegam ser possuidores da "última revelação"
divina. Entretanto, seus livros não passam de engodos, e evidenciam graves
distorções da Palavra de Deus.
2. Experiências pessoais.
Em muitas igrejas, há os que se apresentam como profetas, videntes ou portadores
de uma unção especial. Alguns desses indivíduos afirmam que receberam uma
"revelação" específica da parte Deus. Todavia, tais "revelações" não resistem ao
escrutínio das Escrituras. Há muitas falsas doutrinas no meio evangélico
baseadas unicamente em experiências pessoais. São muitas as invencionices da
imaginação humana! (Cl 2.8). Nem profecia, nem sonho, nem revelação, nem
experiência pessoal; por mais impactantes que, sejam, têm autoridade semelhante
ou superior à Bíblia Sagrada.
3. Novas teologias.
Há, em nossos dias, diversas "novas teologias" que agridem diretamente a
mensagem bíblica. Uma delas, a teologia da prosperidade, assevera que "nenhum
crente pode ser pobre ou adoecer". Seus proponentes chegam a afirmar que o
"crente é a encarnação de Deus". Diante desse falso ensino, entendemos porque os
adeptos dessa doutrina anunciam que podem obter o que quiserem, pois segundo o
que pensam, são deuses. Que abominação!
SINOPSE DO TÓPICO (VI)
As agressões mais populares à ortodoxia bíblica são os livros ditos
revelados, as revelações pessoais que tentam sobrepor-se à Bíblia, e as novas
teologias.
VII - A IGREJA:
SERVA DA BÍBLIA
"Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu
Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14.23).
A verdadeira Igreja de Cristo tem a Bíblia por fundamento, e a ela se submete em
todas as coisas.
Diariamente, surgem novas igrejas em todo o mundo. Todavia, a maior parte delas
não se submete aos preceitos das Sagradas Escrituras. A igreja que modifica,
deturpa ou não valoriza a Bíblia, não pode ser considerada autêntica Noiva do
Cordeiro. A verdadeira Igreja de Cristo é serva da Palavra.
Sl 105.42 - A Palavra de Deus é santa
Mc 16.15 -17 - A Igreja proclama a Palavra
Sl 19.9-11 - Há recompensa em guardar a Palavra
Sl 119.97 - O crente fiel ama a Palavra
2 Co 4.1,2 - A Igreja não falsifica a Palavra
Jo 17.17 - A Palavra de Deus é a verdade
Leia Salmos 119.41-50.
VOCABULÁRIO
Deturpar: Tornar torpe, feio; desfigurar.
Ortodoxia: Diz respeito à fidelidade e exatidão com que se apresenta uma
doutrina.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GILBERTO, A. A Bíblia Através dos Séculos. RJ: CPAD, 1987.
COMFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD. 1998.
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
Revista EBD Jovens e Adultos da CPAD - 4º Trimestre de 2008 - Comentarista
Elinaldo Renovato de Lima.